Ficha Técnica

Interrogação ao Destino, André Malraux. Lisboa : Editorial Presença, 1963

Interrogação ao Destino, André Malraux

“E no entanto, não há talvez afirmação mais obsessiva em toda a sua obra do que a de que o valor de um quadro se afere pelo que ele é como quadro, o de uma obra de arte pelo que é como arte, ou seja como estilo, ou seja como presença do artista – e não pelo valor da sua representação: o retrato de um capitão não é por força superior ao de um tenente…” Vergílio Ferreira (Interrogação ao Destino, Malraux)

“Mas que de novo, enfim, nos traz Malraux? Que significa ele na literatura moderna? É no contexto de um mundo sem significação, de um mundo desorientado, de um mundo que  após todas as conquistas e negações perdeu até o entusiasmo do combate que como combate lhe inventava um elemento ordenador, que há-de entender-se toda a obra de Malraux.”, Vergílio Ferreira (Interrogação ao Destino, Malraux)

“a obra de Malraux é uma das mais altas expressões da interrogação do homem sobre o que como homem lhe importa – sobre a sua ‘condição’” Vergílio Ferreira (Interrogação ao Destino, Malraux)

“Todo o ensaio sobre Malraux pode ser lido, hoje, como a procura de uma linhagem e uma visita ao espelho. Uma espécie de ‘defesa e ilustração’ da arte vergiliana, por entreposto Malraux. Diz-nos, assim, tanto ou mais, sobre Vergílio Ferreira do que sobre Malraux. Mas diz-nos, sobretudo, em que é que Vergílio Ferreira é, de facto, substancialmente diferente (e incontestavelmente maior). É feito de outra casta.”.