O Município de Gouveia inicia a 28 de janeiro o ciclo de actividades comemorativas do centenário do nascimento de Vergílio Ferreira. Durante todo o ano a autarquia de Gouveia vai promover uma vasto conjunto de actividades com arranque oficial a 28 de janeiro, dia em que se assinalam os 100 anos de nascimento do autor de Aparição.

Para o arranque das comemorações o Município de Gouveia programou três dias de actividades (28, 29 e 30 de janeiro) que contarão com a presença do Ministro da Cultura, Dr. João Soares, no dia 29 de janeiro, e de um conjunto alargado de individualidades que conviveram ou privaram com Vergílio Ferreira.
Da programação definido pela Câmara Municipal de Gouveia fazem parte o lançamento da reedição da obras de Vergílio Ferreira pela Quetzal, uma visita de Francisco José Viegas à Escola Secundária de Gouveia, a reposição do busto de Vergílio Ferreira na Praça de S. Pedro e a inauguração da exposição “Vergílio Ferreira: Os Caminhos da Escrita ou O Fascínio da Arte” que estará patente no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta de 29 de janeiro e 26 de março.
A programação continua a 30 de janeiro com o colóquio “Vergílio Ferreira: Evocação, Evocações”, na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira e com o monólogo “Em Memória ou a Vida Inteira dentro de Mim” interpretado por Pompeu José e baseado no romance “Até ao Fim” de Vergílio Ferreira, que decorrerá no teatro cine de Gouveia.

As Comemorações do Centenário do Nascimento de Vergílio Ferreira, levadas a cabo pelo Município de Gouveia, prosseguirão ao longo de todo o ano de 2016 e encerrarão um ano depois, precisamente a 28 de janeiro de 2017.

Programa:

28 de janeiro
10h00 | Lançamento do Inteiro Postal, Selo e Carimbo CTT alusivo às comemorações do Centenário do Nascimento de Vergílio Ferreira
Local: Posto dos CTT Gouveia

11h00 | Lançamento da reedição das obras de Vergílio Ferreira pela Quetzal
Local: Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira

15h00 | Francisco José Viegas na Escola Secundária de Gouveia
Local: Escola Secundária de Gouveia

29 de janeiro

11h00 | Receção ao Sr. Ministro da Cultura, Dr. João Soares seguida de reposição do busto de Vergílio Ferreira na Praça de S. Pedro
Local: Praça de S. Pedro

11h30 | Inauguração da Exposição “Vergílio Ferreira: Os Caminhos da Escrita ou O Fascínio da Arte”
Local: Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta

12h00| Sessão Solene das comemorações do Centenário do Nascimento de Vergílio Ferreira
Local: Salão Nobre dos Paços do Concelho

30 de janeiro

09h00 | Programa da TSF “Terra a Terra” com Fernando Alves
Local: Auditório da Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira

15h00 | Colóquio “Vergílio Ferreira: Evocação, Evocações”
Local: Auditório da Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira

21h30 | Monólogo “Em Memória ou a Vida Inteira dentro de Mim”
Local: Teatro Cine de Gouveia

Exposição “Vergílio Ferreira: Os Caminhos da Escrita ou O Fascínio da Arte” Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta | 29 de janeiro a 26 de março |
Organizada pela Câmara de Gouveia, através da Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, em colaboração com a Biblioteca Nacional esta exposição inspira-se no tempo circular de alguns dos mais relevantes romances do autor e encontra-se arquitetada em seis núcleos ou partes de um romance imaginário que se pretende dar a conhecer aos visitantes.
Os núcleos temáticos estão divididos por vários painéis e têm os seguintes títulos: I) Escrever e Pensar: A Recriação do Mundo; II) Conta-Corrente: Vida e Obra; III) Arte Tempo: A Oficina da Escrita; IV) Do Mundo Original: As Marginalia ou A Escrita em Diálogo; V) Espaço do (In)visível: Os Lugares da Escrita (Melo e a Aldeia Eterna; Coimbra numa Balada; Fundão e Guarda, Disforia e Melancolia; Évora e a Aparição; O Livro de Fontanelas; Da Minha Língua Vê-se O Mar); VI) A Recriação do Mundo: Pensar e Escrever.

Monólogo “Em Memória ou a Vida Inteira dentro de Mim” Teatro Cine de Gouveia | 30 de janeiro | 21h30
Pompeu José consegue, neste excelente monólogo, dar ao espectador a imagem da solidão de Cláudio, narrador-protagonista do romance de Vergílio Ferreira que, no presente e na noite da escrita, vela o corpo do filho morto, numa capela próximo do mar.
No monólogo é igualmente reproduzido o estilhaçamento da narrativa da ficção do autor, ou seja, os seus diferentes episódios aparecem ao espetador como as manchas de um quadro, de acordo, aliás, com o afirmado por Vergílio Ferreira sobre as histórias de muitos dos seus romances. É, assim, através dessas manchas ou retalhos de momentos vividos ou imaginados por Cláudio que se constrói este monólogo.